sexta-feira, 24 de maio de 2013

RELANÇAMENTO DO LIVRO UM TERÇO DE MEMÓRIA, ENTRE ANJO DA GUARDA E CAPELA DE ONÇA DO JORNALISTA E ESCRITOR HERBERT DE JESUS SANTOS


O quê? 
Livro Um Terço de Memória, Entre Anjo da Guarda e Capela de Onça, e os Heróis do Boi de Ouro
 
Quando? 
07 de junho de 2013
 
Onde? 
BIBLIOTECA PÚBLICA BENEDITO LEITE 

Quanto? 
Aberto ao público




O jornalista e escritor Herbert de Jesus Santos foi convidado a fazer o relançamento do livro Um Terço de Memória, Entre Anjo da Guarda e Capela de Onça, e os Heróis do Boi de Ouro (A História de Fato e de Direito do Bairro Anjo da Guarda).

“A obra narra o sofrimento e o senso coletivo para a superação dos removidos da Madre de Deus e Salina do Lira, em 1970, antes do surgimento da Barragem do Bacanga, seguindo os do Goiabal, vítimas de incêndio em outubro de 1968, e que compuseram o núcleo residencial mais populoso do eixo Itaqui-Bacanga”, informou Herbert, que também fará palestra sobre o acontecimento e o núcleo habitacional que vão completar 45 anos em outubro próximo.

Neste que é o seu mais recente título (o 11.º), Herbert contempla passagens emocionantes, por acompanhar, na adolescência, desde o sinistro do Goiabal, quando o Clube de Jovens da Madre de Deus, do qual fazia parte, concedeu sua presteza para amenizar o padecimento do flagelados, além de promover representação de peça, no Teatro da Igreja de São Pantaleão, com a venda de ingressos revertida para os vitimados.

“O nosso Clube de Jovens tentou, em vão, junto aos órgãos governamentais, reservar lotes, mais próximos da maré para os pescadores, na outra margem do rio, antes da Barragem do Bacanga forçar a remoção dos moradores da Praia da Madre Deus, para o Anjo da Guarda. Fez, também, o Método Paulo Freire de Alfabetização, em duas turmas noturnas, na Madre Deus, quando a ditadura militar via subversivos em todo ser inteligente.”

Em quase 300 páginas, o livro traz fotos marcantes que mostram a epopéia por que passaram os pioneiros do bairro Anjo da Guarda, porém os mais martirizados foram os vindos do Goiabal. “Um terço de memória, tanto por que podem publicar mais episódios, no futuro, assim como lembra a reza de um terço do rosário, que minha mãe me ensinou, na Madre de Deus, e do qual me vali, orando de cabeça, quando, antes mesmo da inauguração da Barragem do Bacanga fui de canoa e perdi a última viagem do único ônibus para o Anjo da Guarda; era noite chuvosa, relampejava e era um breu só, e o jeito foi ir a pé na estrada; mas cheguei cheio de prosa no casebre de palha de mamãe”.

Lançado em 2012, Herbert diz que a finalidade da obra é mostrar o que realmente aconteceu. “Não deixaria sem resposta inverdades saídas na Internet, na Wikipédia, quanto o Bairro do Anjo da Guarda nasceu de invasões de terrenos, depois da construção da Barragem do Bacanga e do Campus da UFMA, no Sá Viana, em 1972, e de gracejos absurdos, como o nome vem de que o visitante, para entrar no bairro, tem que levar o seu anjo da guarda. Aquela gente sofreu muito, só quer respeito, justiça e paz social; criminalidade e violência estão em toda parte, e não é nossa culpa, pois começam pela politiquice e corrupção que assolam o nosso País.”

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