O quê?
Peça “D. SEBASTIÃO, 400 ANOS DEPOIS” - O MITO DO REI ENCANTADO
Quando e
que horas? Dias 28, 29 e 30 de Setembro às
20 horas
Onde? Na
área externa do Ceprama, como parte da I MOSTRA CULTURA ATIVA.
Quanto?
ENTRADA FRANCA
RELEASE
D. SEBASTIÃO, 400 ANOS DEPOIS, O MITO
DO REI ENCANTADO
Em 1578, desapareceu na
batalha de Alcacér Quibir, na África, enquanto lutava contra os mouros, o rei
de Portugal, D. Sebastião. Como seu corpo nunca foi encontrado surgiu omito de
que ele continua vivo e a qualquer momento pode reaparecer e retomar seu trono
no Palácio de Queluz. Esse mito atravessou oceanos e se espalhou pelo
arquipélago de Maiaú, na Ilha de Lençóis.
Segundo ele, o rei D.
Sebastião, encantado, habita a ilha de Lençóis, bem em frente à ilha de
Bate-Vento. Nas noites de São João, se transforma num touro negro com uma
estrela de prata na testa. Às vezes aparece aos pescadores, vestido com
armadura de cavaleiro para comprar víveres para seus empregados.
“Quem desencantar Lençóis
põe abaixo o Maranhão”, libertando o Rei, que voltará a governar Portugal e o Brasil
em toda a sua glória. São Luís vai ao fundo e Queluz surgirá nas praias de Lençóis.
Esta lenda deu origem ao
espetáculo: D. Sebastião 400 Anos Depois,
que envolve a apresentação de aspectos da cultura popular maranhense,
especialmente aquelas de fundo essencialmente religioso. O espetáculo estabelece
um plano de discussão entre as práticas do catolicismo usual do povo,
religiosidade afro-maranhense (como o Tambor de Mina), religiosidade com base
espiritual indígena (cura de maracá) e a expressão híbrida do Divino Espírito
Santo, explodindo na revelação da encantaria messiânica do sebastianismo incrustado
nas costas maranhenses.
Em 1612, trinta e quatro
anos após seu desaparecimento nas areias do Marrocos, D. Sebastião aporta às
praias do Maranhão, através do imaginário dos marinheiros portugueses que aqui
chegaram na expedição bélica de Jerônimo de Albuquerque e passa a habitar as
dunas das ilhas de Maiaú, tendo seu castelo submerso na baía de Lençóis.
Hoje, 400 anos depois, o
mito do sebastianismo resiste como preverá o Bandarra e apregoou o padre Antônio
Vieira, miscigenado às crenças de encantaria do povo maranhense.
São as lendas em seus
variados aspectos e as duas vertentes de fé e crendice, que se abordam nessa
viagem do barco “Fé em Deus” para Lençóis: a tripulação que acredita, mas não
estabelece uma relação de fé profunda e os passageiros que professam essa fé, respeitam
e cultuam uma relação estreita com a entidade revelada.
Texto e direção: Tácito
Borralho
Seleção e supervisão de
elenco: COTEATRO
3 Caixeiras do Divino
3 músicos
(abatazeiros/coreiros)
21 atores
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