terça-feira, 25 de setembro de 2012

Peça “D. SEBASTIÃO, 400 ANOS DEPOIS” - O MITO DO REI ENCANTADO



O quê? Peça “D. SEBASTIÃO, 400 ANOS DEPOIS” - O MITO DO REI ENCANTADO

Quando e que horas?  Dias 28, 29 e 30 de Setembro às 20 horas

Onde? Na área externa do Ceprama, como parte da I MOSTRA CULTURA ATIVA.

Quanto? ENTRADA FRANCA

 
                           RELEASE

D. SEBASTIÃO, 400 ANOS DEPOIS, O MITO DO REI ENCANTADO

Em 1578, desapareceu na batalha de Alcacér Quibir, na África, enquanto lutava contra os mouros, o rei de Portugal, D. Sebastião. Como seu corpo nunca foi encontrado surgiu omito de que ele continua vivo e a qualquer momento pode reaparecer e retomar seu trono no Palácio de Queluz. Esse mito atravessou oceanos e se espalhou pelo arquipélago de Maiaú, na Ilha de Lençóis.
Segundo ele, o rei D. Sebastião, encantado, habita a ilha de Lençóis, bem em frente à ilha de Bate-Vento. Nas noites de São João, se transforma num touro negro com uma estrela de prata na testa. Às vezes aparece aos pescadores, vestido com armadura de cavaleiro para comprar víveres para seus empregados.
“Quem desencantar Lençóis põe abaixo o Maranhão”, libertando o Rei, que voltará a governar Portugal e o Brasil em toda a sua glória. São Luís vai ao fundo e Queluz surgirá nas praias de Lençóis.
Esta lenda deu origem ao espetáculo: D. Sebastião 400 Anos Depois, que envolve a apresentação de aspectos da cultura popular maranhense, especialmente aquelas de fundo essencialmente religioso. O espetáculo estabelece um plano de discussão entre as práticas do catolicismo usual do povo, religiosidade afro-maranhense (como o Tambor de Mina), religiosidade com base espiritual indígena (cura de maracá) e a expressão híbrida do Divino Espírito Santo, explodindo na revelação da encantaria messiânica do sebastianismo incrustado nas costas maranhenses.
Em 1612, trinta e quatro anos após seu desaparecimento nas areias do Marrocos, D. Sebastião aporta às praias do Maranhão, através do imaginário dos marinheiros portugueses que aqui chegaram na expedição bélica de Jerônimo de Albuquerque e passa a habitar as dunas das ilhas de Maiaú, tendo seu castelo submerso na baía de Lençóis.
Hoje, 400 anos depois, o mito do sebastianismo resiste como preverá o Bandarra e apregoou o padre Antônio Vieira, miscigenado às crenças de encantaria do povo maranhense.
São as lendas em seus variados aspectos e as duas vertentes de fé e crendice, que se abordam nessa viagem do barco “Fé em Deus” para Lençóis: a tripulação que acredita, mas não estabelece uma relação de fé profunda e os passageiros que professam essa fé, respeitam e cultuam uma relação estreita com a entidade revelada.
Texto e direção: Tácito Borralho
Seleção e supervisão de elenco: COTEATRO
3 Caixeiras do Divino
3 músicos (abatazeiros/coreiros)
21 atores


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