terça-feira, 9 de abril de 2013

Mamãe UEMA, Papai picolezeiro




Sou fruto de uma relação nada convencional, pra não dizer conturbada.  Filho de uma mãe (UEMA) desnaturada, capaz de deixar eu e meus irmãos (alunos, professores e técnicos administrativos) praticamente órfãos. Com um atrasadíssimo início das aulas (praticamente em abril), a instituição totaliza, vergonhosos, quase 4 (quatro) meses de universitários abandonados intelectualmente.

Isso mesmo, ela teve a audácia de empurrar seu numeroso corpo discente, direto para o fundo da GELADEIRA. É de se espantar que no final do último semestre de 2012, onde o R.U. fecha as portas misteriosamente, antes de encerrar o período letivo, para uma suposta “reforma”. Isso implica novamente a mãezona UEMA, mais uma prova de sua irresponsabilidade: o abandono material. O mais intrigante foi que ao retornamos, já em 2013, o R.U. não apresentava nenhuma mudança, mesmo porque não precisava.
                                                                                                                                   
Já meu pai, ou melhor, “paiaço” só gosta de se ser chamado de Magnífico. Além disso, é muito bom marido. Seu sonho maior é ficar casado com mamãe (leia-se: ser reitor da UEMA) para sempre. Ele é tão bom, mas tão bom, que faz de tudo para agradar a mamãe. Já que ela pôs a gente congelando ociosamente no frígido congelador, ele quer aproveitar e nos transformar em universitário-picolé ou quem sabe, em universitário-cremosinho. Digo isso, pois, para abafar a longa férias forçada, foi instalado potentes ar condicionados por todo o CCSA, onde estudam alunos dos cursos de Administração, Ciências Sociais, Direito e CFO. 
                                                           
A estratégia foi fenomenal: todo mundo no fresco, “gelificado”, quem ia reclamar do surrupio das aulas perdidas. Outra coisa, qual o problema dos outros centros? Seriam alguns cursos, melhores que outros. Afinal de contas, nada poderia macular o singelo sentimento de “Sou UEMA” que tanto amolece os coraçõezinhos dos calouros. Já os veteranos, estão tão baqueados, que mais parecem veteranos de guerra americana. Não conseguem nem armar uma manifestação devido a inoperância e abandono do movimento estudantil ueminiano.                                                                                

 Em uma instituição séria, isso configuraria no mínimo, um flagrante caso de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Ei! Psiu!!! Olhe para nós Ministério Público, o ensino universitário também precisa ser fiscalizado e investigado. As condições da UEMA são de dá dó. Quem sai ganhando com essa situação é só um lado: o dessa administração espúria que não aplica os recursos como deveria. Isso sem falar do nepotismo, a falta de autonomia patrimonial e financeira da universidade, supressão de espaço físico para os técnicos administrativos exercerem seu trabalho, obras que aparecem e desaparecem ao sabor do tempo... Já está mais que na hora de perda do poder familiar dessa desvairada UEMÃE e desse pai telhudo. Essa é a problemática vida privada da grande família UEMA. Caso sério para uns, caso perdido, para outros.

Saulo Barreto/Ciências Sociais/Campos Paulo VI - UEMA


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